Complexo de Arqueologia Industrial designado por “Buracas” de Armês
Buracas de Armês / Buracas de Armés (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
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Lisboa / Sintra / São João das Lampas e Terrugem
Avenida Combatentes do Ultramar (à entrada de Armés)
Armés
Classificado
Classificado como MIM – Monumento de Interesse Municipal
Declaração de retificação n.º 584/2012, DR, 2.ª série, n.º 86, de 3-05-2012 (retificou a categoria de classificação para monumento de interesse municipal – MIM) (ver Declaração)
Edital n.º 135/2012, DR, 2.ª série, n.º 24, de 2-02-2012 (classificou como de interesse municipal – IM) (ver Edital)
Edital n.º 512/2011, de 15-12-2011, da CM de Sintra
Edital n.º 447/2011, de 9-11-2011, da CM de Sintra
Despacho de 9-11-2011 do presidente da CM de Sintra a aprovar a classificação como de IM
Enviada cópia do processo pelo Ministério da Cultura à CM de Sintra, em 11-05-2010, a fim de ponderar a conclusão do procedimento
Edital N.º 143/99 de 5-04-1999 da CM de Sintra
Edital N.º 232/97 de 2-06-1997 da CM de Sintra
Despacho de autorização e classificação de 3-04-1997 do Ministro da Cultura
Parecer de 17-03-1997 da 2.ª Secção do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como VC
Despacho de abertura de 25-08-1994 do presidente do IPPAR
Proposta de 10-08-1994, do Departamento de Arqueologia do IPPAR para a abertura da instrução de processo de classificação
Proposta de 5-07-1994 da CM de Sintra para a classificação como VC
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Mesmo durante o longínquo período da ocupação romana, a exploração das ricas pedreiras de mármore que ainda hoje existem no concelho de Sintra já eram de grande importância para a economia da região. Pedreiras e oficinas anexas laboraram muito activamente nos séculos I e II d.C., mas a extracção do mármore começou a decair a partir do século III, e as pedreiras estariam praticamente desactivadas no século VII. A decadência da exploração do mármore ocasionou um retorno à actividade agrícola em todo o actual concelho. No entanto, a partir do século XVI assiste-se ao lento ressurgimento do trabalho nas pedreiras, até que no século XVIII, época da construção do convento de Mafra e da recuperação da cidade de Lisboa após o terramoto de 1755, a extracção do mármore se torna na principal actividade de localidades como Armês. Em finais do século XVIII, estariam a trabalhar nesta região mais de 50.000 canteiros oriundos de todo o país.
Datam deste período as chamadas “buracas” de Armês, que consistem num conjunto de grutas rasgadas na rocha, ocupadas por algumas estruturas setecentistas em pedra toscamente aparelhada, incluindo coberturas em cúpula, onde funcionava uma oficina de corte de pedra. A pedra provinha da vizinha pedreira de Lameiras, e era aqui desbastada e aparelhada. As pequenas oficinas eram iluminadas por estreitas frestas, e divididas em compartimentos, onde cada operário trabalharia isolado. Uma das construções possuía um alpendre contrafortado, vazado por largos arcos abatidos, hoje em ruínas. Outras construções idênticas foram demolidas para aproveitamento dos materiais.
Sílvia Leite / DIDA – IGESPAR, I.P. / 2010
Ribeiro, J. Cardim et al., (1986), in: Cadernos de Museologia, Sintra